quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Álcool e energético: combinação perigosa para coração e cérebro


ImagemCombinação álcool e energético
Cada dia é mais comum o consumo de bebidas alcóolicas juntamente com energéticos. Uns dizem utilizar essa combinação para não sentir o forte sabor da bebida alcóolica, outros fazem porque o energético reduz os efeitos depressivos do álcool. Outros, ainda, utilizam essa combinação simplesmente porque ela reduz a sensação de sono.

Entretanto, nutricionistas, cardiologistas, neurologistas e outros profissionais da saúde não recomendam esse tipo de combinação, uma vez que ao ingerir o álcool juntamente com o energético, o organismo recebe dois estímulos completamente opostos: a cafeína e a taurina, presentes no energético, funcionam como estimulantes do metabolismo, enquanto que o álcool é um potente depressor.

ImagemLiberação de neurotransmissores
O etanol inibe a liberação de alguns neurotransmissores excitatórios, como o glutamato, e estimula a liberação de neurotransmissores inibitórios, como o GABA, promovendo assim um efeito relaxante (depressivo) no cérebro. Quando o etanol é consumido com energético, os efeitos do álcool no cérebro são, em parte, disfarçados.

Quanto maior a exposição do organismo a essas substâncias, maiores podem ser os riscos. Além disso, outro fator importante é a sensibilidade de cada pessoa aos componentes da bebida alcóolica e do energético, principalmente à cafeína.

O estresse metabólico, decorrente dos estímulos opostos, pode prejudicar o funcionamento do cérebro e do coração, uma vez que potencializa o risco de arritmias cardíacas.

Segundo Marco Heleno, neurologista e neurocardiologista do Hospital Espanhol, o abuso dessas substâncias pode provocar picos de hipertensão, fibrilação e até mesmo morte súbita. Além disso, quando a ação de euforia do energético cessa, o indivíduo pode entrar numa depressão muito profunda, causada pelo excesso de álcool, podendo resultar em um coma alcóolico em questão de minutos.

A combinação álcool-energético também merece maior atenção porque ela funciona com um disfarce para o álcool, fazendo com que a pessoa beba muito mais e acredite estar sóbria. Pesquisas têm mostrado que, a longo prazo, essa combinação pode estimular o alcoolismo.


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