sexta-feira, 29 de julho de 2011

10 erros mais comuns nas festas escolares


Aulas perdidas, desrespeito à diversidade cultural e à liberdade religiosa... Saiba como evitar esses e outros equívocos

Julia Priolli (novaescola@atleitor.com.br)

Durante o ano, temos 11 feriados nacionais - na média de um a cada cinco semanas -, um monte de datas para lembrar pessoas (Dia das Mães, dos Pais, das Crianças, do Índio) e fatos históricos (Descobrimento do Brasil, Proclamação da República). Sem contar os acontecimentos de importância regional. Nada contra eles. O problema é que muitas vezes a escola usa o precioso tempo das aulas para organizar comemorações relacionadas a essas efemérides. O aluno é levado a executar tarefas que raramente têm relação com o currículo. Muitos professores acreditam que estão ensinando alguma coisa sobre a questão indígena no Brasil só porque pedem que a turma venha de cocar no dia 19 de abril - o que, obviamente, não funciona do ponto de vista pedagógico.

Festas são bem-vindas na escola, mas com o simples - e importante - propósito de ser um momento de recreação ou de finalização de um projeto didático. É a oportunidade de compartilhar com os colegas e com os familiares o que os alunos aprenderam (leia mais no quadro abaixo). No entanto, não é isso que se vê por aí. A seguir, os dez principais equívocos dos eventos escolares.

1. Usar as datas festivas como base para o currículo

Essa palavra estranha tem origem na astronomia e dá nome a uma tabela que informa a posição de um astro em intervalos de tempo regularmente espaçados. No popular, o termo é usado no plural e significa a seqüência de datas lembradas anualmente. Algumas têm dia fixo (Independência, Bandeira); outras, não (Carnaval, Dia das Mães). Até aí, nada de mais. O problema é quando a escola usa tudo isso como base para montar o currículo. "Planejar o ano letivo seguindo efemérides desfavorece a ampliação de conhecimentos sobre fatos e conceitos", afirma Marília Novaes, psicóloga e uma das coordenadoras do programa Escola que Vale, de São Paulo. Exemplo? Dia do Índio. A lembrança não envolve estudos sobre as questões social, histórica e cultural das nações indígenas brasileiras. Para haver aprendizagem, é preciso muita pesquisa e mais do que um dia festivo. Outro caso? Folclore. A escola é invadida por cucas, sacis e caiporas em agosto, já que o dia 22 é dedicado a ele por decreto. Ora, se o planejamento prevê o uso de parlendas e trava-línguas durante o processo de alfabetização e de estruturas narrativas, no ensino de Língua Portuguesa, que tragam informações sobre tradições, crenças e elementos da cultura popular, isso basta para que o tema seja tratado em qualquer época. Sem contar os tópicos cuja expressividade é questionável (Semana da Primavera) ou controversa, como o Dia dos Pais e o das Mães: "Enfatizar datas comerciais como essas é ignorar as mudanças no perfil da família brasileira, que nem sempre conta com as duas figuras em casa", completa a psicóloga.

2. Desrespeitar a liberdade religiosa

Dos 11 feriados nacionais, cinco têm origem no catolicismo (Páscoa, Corpus Christi, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal). As escolas que seguem essa religião lembram as datas. O problema é que as escolas públicas também. Segundo a Constituição da República, o Brasil é um Estado laico, ou seja, sem religião oficial. Porém, em quase todas as unidades de ensino há algum tipo de comemoração: as crianças da Educação Infantil (não importa se têm ou não religião) se fantasiam de coelhinho e pintam ovos em papel mimeografado. No fim do ano, uma árvore de Natal, com bolas e luzes, é montada na recepção ou no pátio. Segundo o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nos anos 1990, a maioria da população brasileira (73%) é católica. Mas uma escola inclusiva não esquece que os filhos dos 15% de evangélicos e dos 12% de seguidores de outros cultos ou não pertencentes a um deles também estão na sala de aula, certo? Para Renata Violante, consultora pedagógica do Instituto Sangari, em São Paulo, os educadores não podem dar a entender que uma religião é superior a outra (quais são mesmo as datas importantes para espíritas, judeus, budistas, islâmicos e tantos outros?). Existem espaços próprios para cultos. Definitivamente, a escola não é um deles. As festas juninas são um caso à parte: elas se tornaram uma instituição e perderam o vínculo religioso. O enfoque folclórico, resgatando alguns hábitos e brincadeiras e a culinária do homem do campo, torna as mais democráticas

3. Confundir o currículo e o tema da festa

A festa não ter relação com o currículo é um problema. Mas outro tão grave quanto é usá-la como pretexto para ensinar. "Já que temos de fazer bandeirinhas para enfeitar barraquinhas, então vamos aproveitar para ensinar geometria", pensam alguns professores bem-intencionados, esquecendo que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma seqüência lógica que leve à construção do conhecimento. É como se, de repente, estimar a quantidade de pipocas no saquinho virasse conteúdo de Matemática.

4. Subaproveitar as aulas de Arte

Não raro, o espaço que seria utilizado para essa disciplina é convertido em oficina de enfeites. Para colocar o aluno em situação de aprendizagem, é papel do professor de Arte propor atividades que favoreçam o percurso criador. "A subjetividade não pode ser ofuscada pelo sentido objetivo e funcional do ornamento, com caráter unicamente estético", afirma José Cavalhero, coordenador pedagógico do Instituto Rodrigo Mendes, em São Paulo. Na confecção de bandeirinhas, por exemplo, as crianças são orientadas a seguir um modelo preestabelecido sem dar espaço a suas marcas pessoais nem enfatizá-las. O modelo, que serviria apenas como referência para a elaboração de outras possibilidades, vira matriz para cópias - e a arte é um procedimento mais abrangente do que isso. A produção do estudante deve ter um propósito maior do que atender à expectativa do professor. "Caso a ocupação do ambiente festivo seja encarada como uma instalação ou intervenção artística, aí, sim, o aluno aprende em Arte", afirma Cavalhero.

5. Estereotipar os personagens

Caipira com dente preto e roupas remendadas em junho, cocares e instrumentos de percussão em meados de abril. Esses estereótipos não correspondem à realidade. Homens e mulheres que moram no interior não se vestem dessa maneira, e os índios brasileiros vivem em contextos bem diferentes. "É inconcebível se divertir com base em elementos que remetem à humilhação e à ridicularizarão do outro", diz Mario Sérgio Cortella, filósofo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em sua opinião, essas práticas destoam da intenção educativa acolhedora e pluralista, pois, toda vez que se trata o outro com estranhamento, se promove a idéia de que há humanos que valem mais e outros, menos. "Quadrilha, sim, mas sem maquiagem nem fantasias grotescas que humilhem o homem do campo", completa Cortella.

6. Obrigar todos a participar

"Professora, não quero dançar", diz um. "Tenho vergonha de falar na frente de todo mundo", avisa outro. Quem já não ouviu essas frases dias antes de um evento escolar? Quando a festa nada tem a ver com a aprendizagem, os alunos não são obrigados a participar. Nesses casos, é proibido causar qualquer tipo de constrangimento a eles. Cabe ao professor colocar pouca ênfase nos momentos não relacionados ao aprendizado. "Imagine o que uma criança sente quando é colocada à força no meio da quadrilha. É uma atitude desrespeitosa com os sentimentos e a individualidade dela", afirma Maria Maura Barbosa, do Centro de ocumentação para a Ação (Cedac), de Paraupebas, a 700 q uilômetros de Belém. Ela afirma ainda que alguns pais optam por não se envolver por razões financeiras. "Quem não tem condição de arcar com uma fantasia para os filhos fica envergonhado e não participa. Fala-se tanto em inclusão, mas as festas às vezes excluem

7. Não ter uma finalidade certa para os recursos arrecadados

Pequenas reformas, mobiliário novo, material pedagógico... Quando a verba que vem da secretaria não dá para comprar tudo, pensa-se em festa para arrecadar fundos. A comunidade é convidada, participa, gasta, e muitas vezes não fica sabendo o destino dos recursos. Pior, às vezes o dinheiro que seria usado na ampliação da biblioteca ou na compra de computadores vai para outro fim. A solução é divulgar o objetivo da iniciativa e prestar contas quando o bem for adquirido. Em tempo: a arrecadação sempre aumenta quando bebidas alcoólicas são vendidas. Renata Violante não acredita em meio-termo: "A bebida deve ser proibida. Os diretores que inventem outras maneiras de obter mais dinheiro".

8. Ter como objetivo principal apenas atrair os pais

Eles não costumam ir às reuniões, não conversam com os professores sobre o avanço dos filhos e mal conhecem a escola. Os diretores pensam: "Quem sabe, para se divertirem, os pais venham até nós". Embora os momentos de confraternização com os familiares sejam importantes, eles não devem ser a única maneira de envolvê-los. Reuniões marcadas com antecedência e planejadas para compartilhar o processo de aprendizagem e a produção intelectual, artística e esportiva das crianças são as iniciativas que exibem os melhores resultados quando o objetivo é atrair e conquistar as famílias.

9. Usar as festas como única maneira de socializar a aprendizagem

Um dos objetivos da escola deve ser exibir a produção intelectual e artística do aluno, principalmente aos pais, nas mais variadas ocasiões. Fazer uma festa é apenas uma possibilidade, por isso não deve ser usada em excesso. Geralmente, o caráter de recreação costuma dificultar a apresentação dos saberes. "Já feiras e exposições favorecem o foco no conhecimento e permitem ainda situações de comunicação oral formal, importante maneira de compartilhar o aprendizado", explica Maura Barbosa, do Cedac. Exemplos: um seminário sobre um conteúdo trabalhado em Ciências ou um sarau de poesia. (E, depois disso tudo...)

10. Jogar tempo fora

Usar a sala de aula ou o período que deveria ser dedicado a atividades pedagógicas para os preparativos é um desrespeito com as crianças e com o compromisso que a escola tem de ensinar. "O diretor raramente investe na ref lexão sobre os indicadores de aprendizagem dos alunos o mesmo tempo que gasta com a produção dos eventos. O professor, por sua vez, deixa de promover situações intencionais de ensino", afirma Maura. Se a festa não é concebida como maneira de contextualizar os conteúdos aprendidos, ela deve ser organizada sempre em horários alternativos aos das aulas.

Tem de ter festa!

Ninguém é contra festas, desde que elas sejam para recreação pura e simples ou uma maneira de socializar o aprendizado. As do primeiro tipo podem envolver todos e ser muito divertidas, desde que não ocupem o tempo de sala de aula na organização. Já as que são planejadas para finalizar o estudo de determinado conteúdo exigem muito preparo. Quando o evento faz parte do projeto didático, o tema precisa ser previsto no currículo (e é dispensável a relação com efemérides) e nada mais justo do que usar o tempo de sala de aula para a sua produção (que também envolve aprendizado). Antes de bolarem o evento junto com o professor, os alunos certamente serão convidados a pesquisar, levantar hipóteses, realizar diversos tipos de registros e trocar conhecimentos com os colegas. Já que a festa é uma das etapas do processo, fica proibido deixar alguém de fora. Se um aluno não quiser participar por qualquer motivo, cabe ao professor envolvê-lo e ajudá-lo a superar as dificuldades que surgirem, seja em relação a timidez, seja em relação a habilidades de comunicação

Publicado em NOVA ESCOLA


O jeito certo de trabalhar o folclore

Tema vai muito além das lendas e cantigas de roda. Aborde elementos que fazem parte do cotidiano dos alunos

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Daniele Pechi (daniele.paula@abril.com.br)
Quando chega o mês de agosto, muitos professores tiram os livros sobre folclore da estante, pesquisam na internet e preparam algumas aulas sobre o tema para apresentá-lo aos alunos. "Trabalhar o assunto apenas em agosto se tornou uma tradição no ensino brasileiro", diz Alberto Ikeda, professor de Cultura Popular e Etnomusicologia do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp), campus São Paulo. Esse é um primeiro problema na abordagem do tema - mas nem de longe é o único. Outro equívoco é resumir o folclore às lendas e cantigas de roda, algo raso e redutor.

Uma primeira providência essencial diz respeito à compreensão da noção de folclore. Em sua origem inglesa, informa o dicionário Houaiss, a palavra folclore significa o ato de ensinar (lore) um conjunto de costumes, lendas e manifestações artísticas do povo (folk) preservados pela tradição oral. Essa definição é um tanto redutora se levarmos em consideração o fato de que toda manifestação cultural é influenciada pelo contexto de quem a produz e que esse contexto, por sua vez, está em constante mudança. Sendo assim, o conceito de folclore é muito mais dinâmico do que parece: envolve diversas vertentes da cultura popular (música, dança, relatos orais etc.) e continua sendo produzido até hoje. "É impossível abordar o assunto sem considerar os elementos que fazem parte do cotidiano dos estudantes", afirma Teca Soub, coordenadora do Núcleo de Alfabetização da Prefeitura de São Caetano, SP.

Ensinar ao aluno que os elementos de sua própria cultura fazem parte do folclore brasileiro é um dos maiores desafios enfrentados por professores ao tratar do tema. Quando chegam à escola, as crianças trazem com elas os elementos culturais que estão mais próximo delas. Por isso, explicar a elas que essa "cultura caseira" faz parte da noção de folclore funciona melhor do que simplesmente apresentar lendas e mitos sem contextualizá-los. "Tal atitude faz os alunos considerarem como folclore elementos que estão distantes deles, dos quais não participam", explica Ikeda. "Isso pode provocar um desinteresse geral".

Estimular os estudantes a pesquisar sobre suas próprias comunidades e até mesmo hábitos familiares pode ser um ótimo ponto de partida para o ensino da noção de folclore. "A criança só pode entender a diversidade se perceber que faz parte disso", diz Ikeda. Uma forma eficiente de trazer essas questões para a sala de aula é contar que o conjunto desses costumes determina os aspectos culturais de um povo.

Tendo isso em mente, fica clara a inadequação de tratar o tema apenas em agosto. Desenvolver projetos que trabalhem aspectos da cultura brasileira no decorrer de todo o ano letivo é fundamental. "Em vez de abordar os elementos da cultura apenas no mês de agosto por mera convenção, é mais coerente adaptar os currículos das escolas de acordo com as manifestações culturais regionais", diz Teca

A abordagem por etapas de ensino

Educação Infantil

Para aproximar o folclore da realidade dos alunos na Educação Infantil, os educadores podem inserir nos planos de aula brincadeiras e cantigas de roda (como ponto de partida e não como abordagem exclusiva). Além de estimular o movimento, algo fundamental nessa etária, elas ajudam as crianças a desenvolver a fala. Batucar e dançar ritmos regionais, por exemplo, faz os pequenos entrarem em contato com manifestações artísticas locais, que são expressões de sua cultura. "Começar com aquilo que o aluno traz facilita o entendimento da diversidade cultural", diz Ikeda.

Ensino Fundamental 1

A partir do 1º ano, já é possível contar com a ajuda dos alunos para levantar diversos elementos do folclore, sem perder de vista que um ensino eficiente requer planejamento, avaliação inicial e contínua e uma sequência lógica que leve à construção do conhecimento. Não faz muito sentido para um aluno do Sudeste brasileiro, por exemplo, entrar em contato com mitos e lendas da Amazônia se ele ainda não conseguiu entender a noção de folclore. É com base no levantamento de exemplos de situações mais próximas da realidade dos estudantes que o professor consegue perceber quando eles estão prontos conhecer os aspectos que fazem parte da cultura de outras regiões do país - que ele não pratica, mas que podem ser melhor entendidos por meio dessa análise que parte dos elementos mais conhecidos e segue para outros mais distantes. Para um aluno pernambucano, por exemplo, entender as origens do carnaval de Olinda e aprender mais sobre os festejos locais pode ajudar na identificação de diferenças e semelhanças na celebração da festa no restante do Brasil.

Ensino Fundamental 2

Com a separação das disciplinas nessa etapa de ensino, o folclore geralmente passa a ser tratado apenas nas aulas de Arte. "As manifestações culturais são muito mais complexas e envolvem outros aspectos que ultrapassam a noção de Arte", afirma Teca. "Por isso, devem ser trabalhadas em várias disciplinas que compõem o currículo regular das instituições de ensino". Para compreender o porquê a capoeira foi incorporada à cultura brasileira é preciso ensinar aos alunos que o Brasil foi um país escravocrata e que o jogo era praticado por negros africanos trazidos ao Brasil para serem explorados. Muitos desses homens permaneceram aqui após sua libertação, se espalharam pelas capitais do país e ensinaram aos brasileiros como o esporte era praticado. Neste simples exemplo, temos quatro disciplinas envolvidas: História, Geografia, Educação Física e Arte. A mesma regra vale para a maioria dos conteúdos ensinados em sala de aula.

A mudança no ensino do folclore deve ser feita por meio de uma revisão no currículo de cada escola. Para isso, professores e coordenação tem papel importante: afinal, a escola tem uma função importante na legitimação das representações culturais. Por isso, promover a aproximação junto a grupos de teatro, música ou de dança que ficam no bairro em que a instituição está, por exemplo, pode ajudar os alunos a se sentir sujeitos atuantes da cultura local. "Professores e coordenadores pedagógicos precisam reconhecer os alunos como participantes da cultura, que têm muito a contribuir para a construção da aprendizagem", diz Teca.

        NOVA ESCOLA

Alunos bonzinhos, por Içami Tiba

Houve um tempo, há algumas décadas, que o comportamento do aluno era tão avaliado quanto o seu aprendizado. Se um aluno estivesse quieto, calado, não se mexesse muito, não perturbasse em nada a aula, nem sequer perguntasse uma dúvida que tivesse, pronto: nota máxima em comportamento. Por esta nota os pais, que tinham que assinar o boletim, sabiam se o seu filho fez bagunça ou não na sala de aula.

Assim, quem estivesse tímido, com graves problemas psicológicos como isolamento, mutismo, séria dificuldade de relacionamento, considerável baixa na auto-estima a ponto de julgar-se incompetente para participar da aula etc.

poderia receber uma boa nota de comportamento.

Era a época em que reinava o ensino autoritário, quando as regras escolares estavam acima de qualquer aluno, o dever estava muito distante do prazer, do lúdico, da alegria de viver. É deste período que os professores cometiam atos hoje considerados abusos de poder e até mesmo de bullying, como taxar o aluno de burro, fazer o aluno “ajoelhar no milho” etc.

Felizmente estas avaliações de comportamento acabaram, o ensino humanizou e o aluno adquiriu seus direitos de manifestação.

Como toda água que se represa, quando se solta inunda descontroladamente tudo por onde passa, e não irriga somente o que precisa; o comportamento dos alunos também “detonou” com tudo o que encontrou pela frente como liberdade de expressão, limites, regras e educação.

Os alunos ficaram como que viciados pela agitação e vontades próprias. Quando não fazem o que querem e não se agitam, começam a sofrer um tipo de abstinência ficando irritados, aborrecidos, desrespeitosos, agressivos, tumultuadores etc.

Hoje até parece que os alunos que desejam aprender estão na contra mão da maioria, assim como comportar-se em aula sem incomodar outras pessoas e até mesmo praticar a educação mais adequada e saudável .

O que seria esperado de um aluno para ser considerado adequado é a educação relacional, com as palavras mágicas: com licença, desculpe, por favor, obrigado.

Uma sala de aula seria muito melhor se os alunos fossem mais educados - principalmente na civilidade. Ninguém no mundo gostaria de conviver com pessoas mal educadas, muito menos professores que precisam despertar nos alunos uma vontade de estudar, quando eles só gostariam de fazer o que quisessem, avessos às obrigações e responsabilidades que são.

Mas esses mesmos alunos mal educados tornam-se altamente estimulados e cheios de vontades de aprender quando os assuntos lhes interessam, surpreendendo até quem deles nada espera.

Portanto o segredo para se conseguir o interesse dos alunos e assim um “aluno bonzinho” é o professor: primeiro ouvir quais os interesses mais comuns que eles manifestam e, segundo: incluir a sua matéria neles ou o inverso, ilustrar ou embasar as aulas com os interesses deles. Sabendo que a paciência deles é cada vez mais facilmente esgotável, o professor deve alimentá-la fornecendo feedbacks a cada intervenção que o aluno fizer. Assim as manifestações dos alunos deixam de ser intrusivas e passam a pertencer ao relacionamento professor-aluno.

Exigir dos pais que os alunos já cheguem educados à Escola é bem pior e mais difícil de obter resultados positivos do que transformá-los em parceiros da educação dos filhos deles.

UOL

segunda-feira, 25 de julho de 2011

segunda-feira, 25 de julho de 2011Ano letivo segue até janeiro de 2012

Mesmo decretada ilegal pela Justiça do Rio Grande do Norte, a greve dos professores da rede estadual de Educação não chegou oficialmente ao fim. Hoje é o dia no qual toda a classe paralisada há 74 dias, deveria retornar às salas de aula. Como não voltaram, pois se reunirão em assembleia às 9 horas para discutir se acatam ou não a decisão judicial, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte RN) terá que arcar com a multa diária de R$ 10 mil estabelecida pelo desembargador Virgílio Macêdo. A preocupação da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC RN), a partir de agora, é cumprir o calendário para o pós-greve. As aulas se estenderão até janeiro do ano que vem, conforme novo planejamento.

"Eu lamento que tenha chegado a uma decisão na Justiça. Mas a greve só prejudica os alunos que já enfrentam problemas recorrentes pelo histórico de greves em anos anteriores", afirmou a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho. Ela creditou a decisão do Pleno dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado "a uma sensibilização em torno de uma causa que deveria ganhar sempre o maior destaque". Já a presidenta do Sinte, Fátima Cardoso, preferiu não antecipar comentários sobre o que será feito pelos professores após decisão judicial.

"A resposta virá após a realização da nossa assembleia. Nós fomos intimados, somos conscientes da decisão judicial. Mas decidimos nos reunir para deliberarmos sobre como agiremos a partir de agora", afirmou Fátima Cardoso. A greve desencadeada pelos professores em maio deste ano, já configura como a segunda mais longa da história do Rio Grande do Norte. Perde, por enquanto, para a paralisação feita pela categoria em 1999, quando Garibaldi Alves Filho era governador.

Adequação

De acordo com Betânia Ramalho, a maior preocupação agora é adequar a realidade de todas as escolas que interromperam atividades parcial ou totalmente em decorrência da greve. A Secretaria preparou um comunicado que será enviado às escolas solicitando informações e encaminhando diretrizes para a aplicação do Calendário Escolar pós-greve. Ainda restam 150 dias letivos para serem cumpridos.

Sem a definição por parte dos professores em acatar ou não a medida judicial, uma das medidas a serem tomadas pelo Governo do Estado, seria cortar o ponto dos grevistas. A secretária, porém, afirmou que isto não será feito. "Essa história de cortar ponto teve um período. Isso já passou. O que nós temos que nos concentrar agora é que a greve foi decretada ilegal por unanimidade", disse Betânia Ramalho.

Ontem, alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Jessé Pinto Freire, estiveram no gabinete da secretária para, dentre outros assuntos, discutir o prejuízo causado ao aprendizado e à preparação para o ENEM e vestibular em decorrência da greve. Os estudantes não foram recebidos pela secretária que alegou demandas mais urgentes. Em todo o Estado, 40.529 estudantes estão matriculados nas séries finais da rede estadual. Betânia Ramalho afirmou que tem como foco o alunado e não medirá esforços para garantir o cumprimento da carga horária estabelecida em lei.

Os números da greve

- Início do ano letivo 2011: 14 de fevereiro

- Início da paralisação dos professores: 3 de maio

- Quantidade de dias letivos (aulas ministradas em período integral) até hoje: 50

- Quantidade de dias úteis sem aulas em período integral: 52

- Total de dias sem atividades escolares em período integral: 74

A greve de 2011 é a segunda mais longa da história da educação estadual potiguar. A que se estendeu por mais tempo até hoje, foi a deflagrada em 1999, que perdurou por 79 dias. À época, o governador era Garibaldi Alves Filho, hoje ministro da Previdência.

Postado por BLOG DA ESCOLA EEMAS às 4:58:00 PM 0 comentários

Marcadores: GREVE

Reações:
Secretária Adjunta de Educação fala sobre o novo calendário escolar

A secretária adjunta de educação do Estado, Adriana Valéria Santos Diniz, concedeu entrevista coletiva à imprensa, hoje (Quinta 21), durante a manhã, no gabinete da secretaria de educação. Adriana Valéria falou a respeito do retorno dos professores a sala de aula, a reorganização do calendário letivo e do cumprimento da carga horária exigida pela legislação.
 professora Adriana está substituindo a titular, Betania Ramalho, afastada participando de evento em missão de estudo promovido pela Universidade de Gandia/Valencia, na Espanha, onde coordena o projeto CAPES/MEC/DEU. Os custos da viagem da secretária estão sendo todos pagos pelo projeto.



Durante a entrevista, a secretária fez uma avaliação do período de mais de setenta dias de greve e reconheceu os prejuízos causados pela paralisação. "Foi um período muito doloroso em que toda a sociedade teve enormes prejuízos. Mas, o que estamos construindo agora vai ser a base para que esta tenha sido a última greve dos professores da rede estadual. Nós precisamos acabar com essa cultura de greve e vamos começar esta construção por meio da valorização de diálogo permanente com os professores".



De acordo com Adriana, o calendário será refeito de acordo com as necessidades de cada escola. Houve escolas que paralisaram as atividades durante a greve de forma parcial e outras de forma integral, como também, escolas que se mantiveram em funcionamento totalmente. O que as escolas devem fazer é montar um calendário com aulas aos sábados e seguramente com o calendário se estendendo até o mês de janeiro.



Adriana Diniz também aproveitou para anunciar um novo concurso público para professores efetivos. O concurso vai oferecer três mil e quinhentas vagas para professores e pedagogos. O termo de referencia já foi finalizado pela comissão do concurso e a empresa responsável pelo certame está em fase de contratação. O concurso será realizado até o final do ano e os aprovados serão encaminhados a sala de aula já no início do ano letivo 2012.



A Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, no cumprimento da obrigação Constitucional, determina o novo Calendário Escolar para Rede Estadual de Ensino a ser operacionalizado em razão da greve dos professores deflagrada em 02 de maio de 2011.



ORIENTAÇÕES PARA O CUMPRIMENTO DO CALENDÁRIO ESCOLAR PÓS-GREVE



1. O Calendário Escolar deverá ser aprovado pelo Conselho de Escola, com registro em ata da reunião feita para este fim, com ampla divulgação à Comunidade Escolar.

2. Após aprovação a escola deverá encaminhar o referido Calendário à DIRED até 05de agosto de 2011 para a aprovação e o monitoramento das atividades pedagógicas a serem realizadas nos dias programados.

3. As escolas que aderiram à greve, seja de forma total ou parcial, conforme o Inciso I do Art. 24 da Lei nº 9.394/1996 – LDB, terão que cumprir às 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar, excluindo o tempo reservado aos exames finais, quando houver.

4. Os sábados, a partir do segundo semestre de 2011, serão incluídos como dias letivos para o cumprimento da carga horária anual.

5. A Secretaria de Educação está organizada para orientar as escolas e acompanhar o cumprimento do novo Calendário.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO PARA A VIDA

Conhecimento importante para a vida

Uma forma de tornar os estudos mais agradáveis e melhorar a compreensão é descobrir a importância do tema em questão para a vida cotidiana, desenvolvendo o que especialistas chamam de “aprendizagem significativa”. O roteiro do UOL Vestibular para esta semana traz conteúdos de diferentes disciplinas que ocupam o noticiário e as tarefas do dia a dia.

Os professores de Geografia do Colégio Vértice, Airton Luiz Nago, Rafael Balsalobre e Bruno Elias explicam que "os recursos mineraissempre tiveram uma importância vital para a humanidade e atualmente são fundamentais para a produção e movimentação do modo de produção". Por esta razão, o assunto é bastante requisitado nos vestibulares, segundo eles.

Até agora, o tão comentado pré-sal não caiu nos grandes vestibulares. Portanto, o prof. Luiz Carlos de Souza Domingues (conhecido como Panela), do SEB-COC de Ribeirão Preto-SP, acredita que esta é uma aposta para este ano. Segundo ele, é importante situar a origem do pré-sal, ocorrida no período cretáceo (era mesozóica), há mais ou menos 130 milhões de anos, quando ocorreu a separação do continente de Gondwana (América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia). A esta altura, você vai perceber que já estudou todos estes detalhes nas semanas anteriores, assim como a tectônica das placas, também relacionada a este ponto.

"O aluno deve saber a localização do pré-sal no Brasil e o impacto nas reservas de petróleo e gás natural do País. E as consequências, como avanço tecnológico, surgimento de empresas, crescimento econômico no litoral (norte de São Paulo, principalmente), valorização de imóveis, ocupação de encostas", detalha o prof. Panela.

Cuidado com as pegadinhas: atualmente, o Brasil explora em larga escala no pós-sal. Há grande exploração de petróleo da Bacia de Campos (RJ), segundo os prof. do Colégio Vértice. "O carvão mineral existe em pequena quantidade e, além disso, é de má qualidade, encontrado e explorado do Vale do Tubarão em Santa Catarina", completam.

Detalhes da vida

A importância do DNA para a Ciência se reflete na incidência de questões relacionadas ao tema no vestibular. Ainda não chegamos ao estudo de sua estrutura e do código genético – previsto para as próximas semanas de nosso roteiro – e já temos pistas da relevância do tema. Por enquanto, nos detemos no ciclo de vida das células (interfase e mitose), em Biologia. “As melhores perguntas são as que pedem do aluno uma interpretação do ciclo de vida celular, sabendo o que acontece em cada evento, quando o DNA é duplicado e quando o material genético é separado”, afirma o prof. André Godoy, do Colégio Vértice, de São Paulo.

Segundo o professor, a ênfase deve ser dada ao período S, antes da mitose, em que ocorre a duplicação do material genético; e à anáfase, que é uma das quatro subfases da mitose, em que as cromátides irmãs se separam - separação de material genético pra formação de novas células.

“Uma questão que cai bastante é a comparação da mitose com a meiose. A mitose é importante para a reprodução assexuada e a meiose para a reprodução sexuada. A ideia é que na meiose há a formação de gametas, no caso de animais, e esporos, nos vegetais”, explica Godoy.

De juros a bactérias

Na semana passada, já havíamos adiantado a importância de logaritmos nas provas de Matemática. Os conteúdos costumam aparecer em questões contextualizadas, sobre fatos tão variados como juros compostos, crescimento de população ou de culturas de bactérias ou intensidade de terremotos, por exemplo. “É preciso conhecer muito bem as funções”, recomenda o professor Giuseppe Nobilioni, do Curso e Colégio Objetivo.

A recomendação é saber utilizar as propriedades dos logaritmos, as propriedades de potências de números reais e interpretar os gráficos das funções, segundo o professor Marcelo Dias Carvalho, do Etapa.

Ferve ou dissolve?

Em Química, chegamos ao último tópico do tema ligações químicas, sobre as propriedades físicas:temperatura de ebulição, princípio de solubilidade.

"As propriedades são reflexo da estrutura do composto, das ligações que os átomos efetuam entre si e quais são estes átomos", explica o professor Daniel Trindade, do cursinho Henfil. Portanto, os temas das duas semanas anteriores são fundamentais para este estudo.

"O ponto de ebulição dos compostos pode ser determinado com base nas interações intermoleculares: as pontes de hidrogênio têm um papel muito importante nesse aspecto, pois sua presença aumenta o PE desses compostos", explica a Profª Andrea Godinho de Carvalho Lauro, do Colégio Vértice. Já a solubilidade dos compostos pode ser prevista com base no princípio de que semelhante dissolve semelhante, ou seja, na semelhança de polaridade e das forças intermoleculares que predominam entre essas moléculas, explica ela.

Do passado para o presente

A tendência de valorização dos povos indígenas e ruptura com a visão eurocêntrica da história (ideia já introduzida na semana passada) tornam o período pré-colonial um assunto importante de História do Brasilpara os vestibulares desse ano. Esta é a opinião do prof. Marcio dos Anjos, do cursinho SEB-COC. “Devemos considerar não apenas a exploração lusitana sobre a costa brasileira, mas atentar para o quadro dediversidade tribal das populações indígenas. Tal quadro permitiu que franceses, entre outros, realizassem incursões nesse litoral e entabulassem relações parecidas com as dos lusitanos com os nativos. É importante, ainda, salientar a política de exploração assentada nas feitorias, no escambo e na obtenção do pau-brasil”, resume.

Os professores confirmam a relevância do assunto nos principais vestibulares. "Podem aparecer questões práticas, falando das características macroscópicas dos compostos, como cor e cheiro, para indicar se é volátil", comenta o prof. Trindade.

Mesmo em História Geral, em que nos afastamos um pouco no tempo, podemos tratar temas atuais, com o estudo de Roma Antiga – apogeu e declínio da República e alto império e o cristianismo. “Esse é um assunto com boas chances de aparecer em exames de vestibular, pois permite, entre outros aspectos, avaliar a capacidade de instituições participativas em resolver conflitos sociais”, comenta o prof. Marcio, do SEB-COC. Esta relação é possível ao estudar, na República romana, as demandas dos plebeus que pressionavampela participação na vida política e por direitos civis.

“Devemos considerar as vinculações entre planos interno e externo de política romana”, afirma o professor. Os plebeus, patrícios e as legiões romanas entram em cena para chegar a um quadro de instabilidade, após a vitória sobre Cartago nas Guerras Púnicas, “pois os generais rivalizavam com o Senado pela condução da vida política, a plebe tinha ainda muitas demandas não atendidas e os escravos se levantavam aqui e ali contra o domínio romano, entre outros aspectos”, completa.

Este cenário de crise levou à configuração da fase imperial. Este segundo ponto tem menos chances de cair, segundo o prof. Marcio, mas não deixa de ter importância para entender a política romana em relação às religiões, já que na próxima semana entraremos na decadência deste sistema e início da Idade Média.

Dilema

Em Física, nos deparamos com um profundo dilema entre o método didático de estudos e a organização do conhecimento científico. Optamos por apresentar as Leis de Newton em um bloco indissociável, embora no temas anteriores sobre forças, alguns temas já tenham aparecido. Dada sua importância, vamos nos deter por duas semanas neste conteúdo. Portanto, aproveite para resolver exercícios e não deixar dúvidas. “As três leis de Newton estudam os movimentos. São elas: princípio da inércia, princípio fundamental da dinâmica e ação e reação. A parte de mecânica (em que este tema está inserido) costuma representar 40% das provas de físicas dos grandes vestibulares, e este é um dos assuntos preferidos do examinador”, afirma o prof. Eduardo X, do Objetivo.

O prof. Sylvio Carlos Andrade Ferreira, coordenador de física do SEB-COC, concorda que as leis de Newton são abordadas de forma frequente em todos os vestibulares. “A ênfase costuma ser dada à 2ª lei (princípio fundamental da dinâmica). A combinação entre esta 2ª lei e a 3ª lei (princípio da ação-reação), aplicadas em sistemas mecanicamente isolados, permite criar o famoso princípio da conservação da quantidade de movimento, pelo qual se resolve os exercícios de explosão e colisão, muito incidentes nas provas”, detalha.

Guarde estas dicas e se concentre no assunto.

Literatura e língua portuguesa

Em Literatura, nesta semana, a carta de Pero de Vaz de Caminha é o destaque do chamado Quinhentismo, a literatura de informação sobre o Brasil Colônia. Segundo o professor Diego Toscano, do colégio Vértice, podem aparecer questões que usem o texto para fazer diálogo com outras obras, como Iracema, de José de Alencar, pedindo, por exemplo, uma comparação sobre a descrição dos índios, ou um paralelo com o romantismo, com Gonçalves Dias. “Não costuma cair nos grandes vestibulares”, afirma.

Dada a baixa relevância e simplicidade deste conteúdo, iniciamos o Barroco, com Padre Antônio Vieira(Sermão da sexagésima e Sermão da quarta-feira de cinzas). Apesar de constar nos programas, como o da Fuvest, este conteúdo também tem poucas chances de aparecer nas provas. “Os sermões não caem isolados, até porque são difíceis, mas em perguntas de relações. Alguns textos de Vieira que podem aparecer junto à antologia de poemas do Vinicius de Moraes”, exemplifica o prof. Diego.

Continuamos os estudos dos verbos em Português, com imperativo e emprego das formas nominais. “Sobre o imperativo, as provas não perguntam como se dá a formação, mas apresentam exercícios com frases coloquiais, como tirinhas, em que existe falta de uniformidade entre as pessoas (1ª e 2ª pessoa), nas quais o aluno deve identificar e reescrever o trecho na norma culta”, explica a profª Liliana Ligotti de Mello Castanho, do Colégio Vértice. Quanto às formas nominais, o enfoque tem sido dado ao gerúndio. Lembre-se: o gerúndio pode ser usado como expressão de ação contínua e não como indicação de ação futura – neste caso ocorre o erro, o chamado gerundismo.



UOL



Bom dia amigos!!

A amizade passa por diversas situações, mas grandes amigos sempre são amigos. No dia de hoje trago uma mensagem para refletirmos esse aspecto.
Reflitam!!
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe..
Mas, se a amizade permanecer,
Um do outro há de se lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente,
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos pra sempre.
Há duas formas para viver sua vida :
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
É amigos!! A amizade é sem dúvida uma dádiva de Deus, os amigos são essenciais em nossas vidas. Amigos são um milagre que passam por nossas vidas. Valorizem seus amigos!!


Um forte abraço!!


Velho Sábio

sexta-feira, 15 de julho de 2011

REFLEXÃO

Aos educadores


O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.
O primeiro deles é corrigir o educando publicamente.
Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros.
Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.
O segundo é expressar autoridade com agressividade.
Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades.
Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.
O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança.
Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.
O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações.
A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações.
Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo.
Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.
Quinto: ser impaciente e desistir de educar.
É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto.
Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.
O sexto, é não cumprir com a palavra.
As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer.
A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.
Sétimo: destruir a esperança e os sonhos.
A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens.
Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar.
O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.


Você que é pai, professor ou responsável pela educação de alguém, considere que há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem.
Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo.
Lembre-se que a educação é a única ferramenta capaz de transformar o mundo para melhor, e que essa ferramenta está nas suas mãos.
Do seu uso adequado depende o presente e dependerá o futuro. O jovem é o presente e a criança é a esperança do porvir. Pense nisso e faça valer a pena o seu título de educador. Eduque. Construa um mundo melhor. Plante no solo dos corações infanto-juvenis as flores da esperança.


 Autor:


Redação do Momento Espírita, com base no livro Pais brilhantes, professores fascinantes, de Augusto Cury, ed. Sextante.



































Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.


Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Rubem Alves

FIM DA GREVE NO MUNICIPIO DE CAMPO REDONDO/RN

ACORDO:


- Aumento de 8% agora em julho;
- No dia 10 agosto, um novo encontro para discutir um novo percentual;
- volta às aulas segunda-feira 18/07/2011.
Em assembléia ontem à noite, após apresentar as propostas discutidas entre os representantes do SINTE e EXECUTIVO, à categoria dos educadores de nosso município decidiram.

PELO FIM DA GREVE!


A partir de segunda-feira às aulas voltarão a sua normalidade, quanto à reposição em todos os momentos afirmamos nosso compromisso de não causa nenhum prejuízo, começaremos a estuda como será repostas todas às aulas, com a qualidade que nossos educadores vêm mostrando ao longo do tempo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ONU: Brasil tem de alfabetizar 35 milhões


ONU: Brasil tem de alfabetizar 35 milhões

Com 13,9 milhões de jovens, adultos e idosos que não sabem ler nem escrever - ou 9,6% da população de 15 anos ou mais, segundo o Censo 2010 -, o Brasil terá de dobrar o ritmo de queda do analfabetismo para cumprir a meta assumida perante a Organização das Nações Unidas (ONU) de chegar à taxa de 6,7% em 2015.
Levada em conta a projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que a população nessa faixa etária será de 154,9 milhões, o País deveria chegar a 2015 com 10,4 milhões de analfabetos. Em números absolutos, seria uma redução de 3,5 milhões em apenas cinco anos. Entre 2000 e 2010, no entanto, o total de analfabetos caiu 2,3 milhões.

Se o País repetir esse desempenho, a meta prometida pelo governo há 11 anos, durante conferência da Unesco, só será alcançada em 2020.

Uma das principais dificuldades na redução das taxas é que os piores índices de analfabetismo entre adultos estão concentrados na população idosa, de 60 anos ou mais, que tem grande dificuldade de aprendizado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Nem letras nem sílabas… Por Rubem Alves
Recordando: EU estava visitando um colégio em Portugal chamado Escola da Ponte, uma série de espantos. Para começar, o diretor entregara a uma menina de nove anos a missão de me mostrar e explicar a escola. A menina não se fez de rogada: conduziu-me à porta da escola, onde me informou que, para entender aquela escola, eu deveria me esquecer de tudo o que eu sabia sobre escolas. Para se aprender o novo, é preciso esquecer o velho.


Disse a seguir que naquela escola não havia aulas, professores “dando a matéria” nem separação dos alunos por adiantamentos. E nem engradamento do pensamento em horários. Sem nada entender, perguntei: “E como é que vocês aprendem?”. A menina me disse que tudo começava com a curiosidade, o desejo de aprender alguma coisa. Com o que concordei por experiência própria. A aprendizagem é como comer uma fruta tentadora, talvez um caqui… Há de haver desejo…


Aí formavam um grupinho de seis pessoas em torno desse objeto de desejo comum e convidavam um professor para ser companheiro de pesquisa. Esse professor nem precisava ter saberes sobre o tal objeto. O que se esperava dele é que soubesse descobrir o caminho… Tudo começava com uma pesquisa das fontes bibliográficas na internet. A partir daí, faziam um programa de trabalho de duas semanas e cada um fazia suas leituras, consultas e anotações a serem compartilhadas na avaliação, ao final das duas semanas.


Dadas essas explicações preliminares, a menina abriu a porta da escola e entrei.


Era uma sala grande, sem divisões, cheia das mesinhas baixas. As crianças trabalhavam nos seus projetos, cada uma de um jeito. Moviam-se livres pela sala, na maior ordem, tranquilamente. Ninguém corria. Ninguém falava em voz alta. Notei, entre as crianças, algumas com síndrome de Down que também trabalhavam. As professoras trocavam ideias com as crianças. As crianças se moviam para consultar livros e computadores quando necessário. Não se ouvia a voz de professor gritando por silêncio. Nenhum pedido de atenção. Não era necessário. E ouvia-se música clássica, baixinho… Se não me engano, era música barroca.


À esquerda da porta de entrada havia frases escritas com letras grandes, afixadas na parede, relativas aos 500 anos da descoberta do Brasil. Perguntei: “E aquelas frases?”.


A menina explicou: “Os miúdos estão a aprender a ler. Aqui não começamos pelas letras ou pelas sílabas. Aprendemos totalidades…”.


Pensei que é assim que as crianças aprendem a falar. Elas não aprendem os sons para depois juntá-los em palavras. Aprendem palavras inteiras, pois somente palavras inteiras fazem sentido.


Pensei que é assim que se aprende a gostar de música. Nenhuma mãe ficaria solfejando notas soltas para adormecer o nenê. É preciso que os sons façam sentido. É preciso que haja melodia…


Aí ela continuou: “Mas é importante saber a ordem alfabética para se consultar o dicionário”. Como eu não conhecia preocupação didática semelhante articulada com tal clareza, preparei-me para aprender…


Aprendiz / Di. www.ivanilson.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

TJ determina retorno dos professores ao trabalho


O Tribunal de Justiça decidiu por unanimidade pela ilegalidade da greve dos professores e determinou o retorno imediato da categoria ao trabalho. É o fim da greve dos docentes da rede pública estadual.
Os professores estavam há mais de 30 dias com as atividades paralisadas cobrando a implantação de Plano de Cargos, Carreiras e Salários.


O Tribunal de Justiça decidiu por unanimidade pela ilegalidade da greve dos professores e determinou o retorno imediato da categoria ao trabalho. É o fim da greve dos docentes da rede pública estadual.

Os professores estavam há mais de 30 dias com as atividades paralisadas cobrando a implantação de Plano de Cargos, Carreiras e Salários.
O Pleno do Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) acatou, na manhã desta quarta-feira (13), o pedido de ilegalidade da greve dos professores estaduais, impetrado pela Procuradoria-Geral do Estado com o intuito de acabar com a paralisação da categoria, que já dura mais de dois meses. A informação foi divulgada no twitter oficial do Governo (www.twitter.com/GovernodoRN).
Segundo as postagens, a Justiça determinou o retorno imediato dos profissionais e a reposição das aulas perdidas. Caso a decisão não seja obedecida, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN) será punido com multa diária no valor de R4 10 mil. De acordo com procurador geral Miguel Josino, o Executivo não pretende descontar os dias parados dos servidores.











segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gestão Escolar Coordenador pedagógico


Diretor e coordenador: aliança pela qualidade

Como deve ser a relação entre esses gestores para garantir boas condições de trabalho ao formador

Mais sobre coordenação pedagógica

Em todas as regiões do Brasil, diretores e coordenadores pedagógicos dizem cultivar uma relação harmoniosa e propícia ao bom desenvolvimento das atividades escolares. Essa é uma das conclusões da pesquisa O Coordenador Pedagógico e a Formação de Professores: Intenções, Tensões e Contradições, encomendada pela Fundação Victor Civita (FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC). Contudo, uma das ações mais importantes para que a escola cumpra seu papel de ensinar a todos com qualidade - a formação continuada de professores - ainda necessita de mais atenção por parte da dupla gestora. "Apesar de cada um pensar a gestão sob diferentes perspectivas, ambos têm de compreender que são responsáveis por um mesmo objetivo, que é a aprendizagem", afirma Maura Barbosa, consultora de GESTÃO ESCOLAR.

Para afinar os ponteiros e avançar rumo a esse horizonte comum, é preciso que a direção garanta as condições básicas para a formação continuada (confira no check-list se a escola oferece boa infraestrutura para o coordenador realizar o seu trabalho). Uma delas é a reunião periódica que deve acontecer entre os gestores. O ideal é que os encontros sejam semanais e que aconteçam em um ambiente tranquilo. "Conversar com pressa, em pé, na porta da diretoria, não resolve nada. O ritual dos encontros deve ser encarado com profissionalismo, do começo ao fim. Afinal, trata-se de um momento de tomada de decisões", alerta Maura.
O primeiro passo é estabelecer o cronograma de trabalho e depois pensar nas pautas das reuniões. Não podem ficar de fora temas como: aprendizagem, as demandas dos professores para que possam ensinar melhor, a movimentação dos alunos, os assuntos que devem ser levados ao conselho escolar, o planejamento e o acompanhamento dos projetos institucionais, a condução das reuniões de pais, os formatos escolhidos para divulgar interna e externamente o trabalho da escola e prestar contas à comunidade e as semanas de planejamento e avaliação.
É natural que os aspectos abordados estejam mais ou menos relacionados à atuação de cada um. Torna-se fundamental, portanto, que ambos levem para a discussão todos os elementos que estiverem sob sua alçada. O diretor, por exemplo, pode tabular os números da movimentação escolar (matrículas, frequência, evasão, repetência e distorção idade-série) e compartilhá-los com o coordenador. Já quem trabalha na coordenação costuma estar mais por dentro das questões didáticas e é interessante compartilhar resultados, problemas e dúvidas com a direção.
SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JULHO DE 2011


Em carta, estudante Caicoense cobra respeito de Rosalba Ciarlini pela Educação do RN


As manifestações espontâneas de alunos da Rede Estadual de Ensino continuam em todo o Rio Grande do Norte, por causa dos quase três meses de paralisação. Agora foi a vez do aluno Sérgio Medeiros de Almeida, do 3ª ano da Escola Estadual Calpurnia Caldas de Amorim (EECCAM de Caicó), escrever uma carta endereçada a governadora Rosalba Ciarlini (DEM), clamando pelo fim da greve.

Sérgio Medeiros (foto) fala em nome de todos os alunos da escola, que estão aflitos com o risco de perderem o ano letivo, e espaço na grande concorrência por uma vaga na universidade, através do vestibular. “Como vamos concorrer com quem está tendo aula, se estamos há quase três meses sem assistir nenhum conteúdo? A governadora coloca seu filho na escola particular, e nós não temos condições de fazer isso”, disse o estudante em entrevista à Rádio Caicó AM.

A carta diz o seguinte:

Excelentíssima Governadora do RN, Rosalba Ciarlini

Venho nesta carta, demonstrar minha indignação com o desrespeito com todos Norte-Rio-Grandense com respeito a educação do nosso Estado. Já não agüento mais esperar. Estou no terceiro ano do Ensino Médio, em pleno ano de vestibular, e não sei qual será minha situação e a de muitos estudantes do Estado e especialmente da minha cidade Caicó.
Minha escola a EECCAM é uma das mais prejudicadas, devido essa greve, pois nossas aulas começaram com mais de um mês de atraso, devido uma reforma feita na escola. É de se assustar a sua posição, com respeito à educação - a base de todas as demais profissões.
Como a senhora governadora Rosalba Ciarlini quer ver um Estado como nosso RN crescer, se a base para o desenvolvimento de qualquer lugar, aqui não é vista como um bem precioso para toda a população?
É bom a senhora rever o seu passado, pois a senhora vai ver que as conquistas que teve ao longo de sua vida, foi graças a um simples professor, que ensinou o pouco que ele sabia, para que hoje a senhora estivesse onde está. Muitos não tiveram a oportunidade de estudar devido às condições e dificuldades que o passado os infligiram, mas hoje todos temos essa oportunidade.
Mas para que ela seja concretizada em vitórias (nossa vida de estudo), é preciso valorizar o precursor da transmissão do conhecimento para todos. Sei que se a senhora fizer sua parte, o nosso Estado não terá nenhum prejuízo com isso, pois o maior investimento que a senhora pode fazer para nosso RN crescer, é simplesmente valorizar os transmissores do conhecimento, o professor.

Esse agente tão importante no crescimento de uma ação, colocando ao mesmo a educação como o ponto central de melhoramento e investimentos ao longo do seu mandato, como governadora do RN.

Escrito por Sérgio Medeiros de Almeida
Caicó (RN), 11 de julho de 2011.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Quando estiver desanimado lembrem-se do PORCO !


Um fazendeiro colecionava cavalos e só faltava uma determinada raça. Um dia ele descobriu que seu vizinho tinha este determinado cavalo. Assim, ele atazanou seu vizinho até conseguir comprá-lo. Um mês depois o cavalo adoeceu, e ele chamou o veterinário que disse:
- Bem, seu cavalo está com uma virose, é preciso tomar este medicamento durante três dias. No 3º dia eu retornarei e caso ele não esteja melhor será necessário sacrificá-lo.
Neste momento, o porco escutava a conversa.
No dia seguinte, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou do cavalo e disse:
-Força amigo, levanta daí senão será sacrificado!!!.
No segundo dia, deram o medicamento e foram embora. O porco se aproximou novamente e disse:
- Vamos lá amigão, levanta senão você vai morrer! Vamos lá, eu te ajudo a levantar. Upa! Um, dois, três...
No terceiro dia, deram o medicamento e o veterinário disse:
- Infelizmente vamos ter que sacrificá-lo amanhã, pois a virose pode contaminar os outros cavalos.
Quando foram embora, o porco se aproximou do cavalo e disse:
- Cara, é agora ou nunca! Levanta logo, upa! Coragem! Vamos, vamos! Upa! Upa! Isso, devagar! Ótimo, vamos, um, dois, três, legal, legal, agora mais depressa, vai....fantástico! Corre, corre mais! Upa! Upa! Upa! Você venceu campeão!!!.
Então, de repente o dono chegou, viu o cavalo correndo no campo e gritou:
- Milagre!!! O cavalo melhorou, isso merece uma festa!Vamos matar o porco!.
Pontos de Reflexão: Isso acontece com freqüência no ambiente de trabalho. Ninguém percebe qual é o funcionário que realmente tem mérito pelo sucesso, ou que está dando o suporte para que as coisas aconteçam.

SABER VIVER SEM SER RECONHECIDO É UMA ARTE!
Se algum dia alguém lhe disser que seu trabalho não é o de um profissional, lembre-se: amadores construíram a Arca de Noé e profissionais o Titanic.



PROCURE SER UMA PESSOA DE VALOR, ANTES DE UMA PESSOA DE SUCESSO!

Postado por blog do M@rcão às 2:56:00 PM 0 comentários

terça-feira, 5 de julho de 2011

Lajes Pintadas Rio Grande do Norte - RN

Lajes Pintadas Rio Grande do Norte - RN


Histórico

O Riacho de Lajes Pintadas foi assim denominado por causa da existência de uma pedra

com desenhos rupestres, localizada no seu caminho. As figuras humanas e as inscrições gráficas,

ainda não definidas, foram feitas na pedra com tinta indestrutível e de cor vermelha.

Foi na propriedade rural do Sr. João Francisco, localizada na área do Riacho das Lajes

Pintadas que teve início um povoamento. O proprietário tinha por costume promover cultos

religiosos a São Francisco de Assis santo que tinha vindo do Canindé, no Ceará.

Mesmo após sua morte em 11 de dezembro de 1895, os cultos religiosos tiveram

continuidade através do seu filho Eduardo Borges. A primeira missa da localidade foi celebrada

pelo Monsenhor Alfredo Pegado, em 1913, no alpendre da Casa Grande. Após vinte e dois anos

de consolidação definitiva, o povoado ganhou a capela de São Francisco de Assis sob a

organização dos irmãos Eduardo e Elias Borges, recebendo a bênção litúrgica em 1943.

A religiosidade sempre foi uma constante em Lajes Pintadas, fazendo com que o Padre

Benjamim Sampaio, na época vigário de Santa Cruz, agraciasse a comunidade com uma imagem

de São Francisco vinda do Orago, do Rio de Janeiro.

Através da Lei no 2.332, no dia 31 de dezembro de 1958, que Lajes Pintadas foi

desmembrada de Santa Cruz e tornou-se município do Rio Grande do Norte.

Gentílico: lajes-pintadense

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Lajes Pintadas, pela lei

estadual n º 2332, de 31-12-1958, desmembrado de Santa Cruz. Sede no atual distrito de Lajes

Pintadas ex-povoado. Constituído do distrito sede. Instalado em 30-01-1959.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

Coordenador pedagógico: um profissional em busca de identidade


Pesquisa da FVC conclui que a formação de professores começa a ser o foco da atuação do coordenador, mas ele ainda sofre com a falta de apoio

Em algumas redes de ensino, ele é chamado de orientador, supervisor ou, simplesmente, pedagogo. Em outras, de coordenador pedagógico, que é como GESTÃO ESCOLAR sempre se refere ao profissional responsável pela formação da equipe docente nas escolas. Nas unidades que contam com sua presença, ele faz parte da equipe gestora e é o braço direito do diretor. Num passado não muito remoto, essa figura nem sequer existia. Começou a aparecer nos quadros das Secretarias de Educação quando os responsáveis pelas políticas públicas perceberam que a aprendizagem dos alunos depende diretamente da maneira como o professor ensina.
Diante desse cenário, a Fundação Victor Civita (FVC) decidiu descobrir quem é e o que pensa esse personagem relativamente novo no cenário educacional brasileiro, escolhendo-o como tema de uma pesquisa intitulada O Coordenador Pedagógico e a Formação Continuada de Professores: Intenções, Tensões e Contradições. Realizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), sob a supervisão de Cláudia Davis, o estudo teve a coordenação de Vera Maria Nigro de Souza Placco e de Laurinda Ramalho de Almeida, ambas da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e de Vera Lúcia Trevisan de Souza, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Graças a ela, fizemos esta edição especial, com reportagens e seções tratando de temas relativos à coordenação pedagógica.
Uma das principais conclusões da pesquisa é que, apesar de ser um educador com experiência, inclusive na função (saiba mais sobre o perfil desse profissional no quadro abaixo), ainda lhe faltam identidade e segurança para realizar um bom trabalho. Ele se sente muito importante no processo educacional, mas não sabe ao certo como agir na escola frente às demandas e mostra isso por meio de algumas contradições: ao mesmo tempo em que afirma que sua atuação pode contribuir para o aprendizado dos alunos e para a melhoria do trabalho dos professores, não percebe quanto isso faz diferença nos resultados finais da aprendizagem (veja mais no quadro da próxima página). "A identidade profissional se constrói nas relações de trabalho. Ela se constitui na soma da imagem que o profissional tem de si mesmo, das tarefas que toma para si no dia a dia e das expectativas que as outras pessoas com as quais se relaciona têm acerca de seu desempenho", afirma Vera Placco.

Quem são os coordenadores pedagógicos no Brasil

Um resumo das características do profissional que atua nessa função

90% são mulheres

88% já deram aula na Educação Básica

76% têm entre 36 e 55 anos

A maioria tem mais de 5 anos de experiência na função





Vygotsky e o conceito de zona de desenvolvimento proximal


Para Vygotsky, o segredo é tirar vantagem das diferenças e apostar no potencial de cada alunoTodo professor pode escolher: olhar para trás, avaliando as deficiências do aluno e o que já foi aprendido por ele, ou olhar para a frente, tentando estimar seu potencial. Qual das opções é a melhor? Para a pesquisadora Cláudia Davis, professora de psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), sem a segunda fica difícil colocar o estudante no caminho do melhor aprendizado possível. "Esse conceito é promissor porque sinaliza novas estratégias em sala de aula", diz Cláudia. O que interessa, na opinião da especialista, não é avaliar as dificuldades das crianças, mas suas diferenças. "Elas são ricas, muito mais importantes para o aprendizado do que as semelhanças."
Não há um estudante igual a outro. As habilidades individuais são distintas, o que significa também que cada criança avança em seu próprio ritmo. À primeira vista, ter como missão lidar com tantas individualidades pode parecer um pesadelo. Mas a pesquisadora garante: o que realmente existe aí, ao alcance de qualquer professor, é uma excelente oportunidade de promover a troca de experiências.
Essa ode à interação e à valorização das diferenças é antiga. Nas primeiras décadas do século 20, o psicólogo bielorrusso Lev Vygotsky (1896-1934) já defendia o convívio em sala de aula de crianças mais adiantadas com aquelas que ainda precisam de apoio para dar seus primeiros passos. Autor de mais de 200 trabalhos sobre Psicologia, Educação e Ciências Sociais, ele propõe a existência de dois níveis de desenvolvimento infantil. O primeiro é chamado de real e engloba as funções mentais que já estão completamente desenvolvidas (resultado de habilidades e conhecimentos adquiridos pela criança). Geralmente, esse nível é estimado pelo que uma criança realiza sozinha. Essa avaliação, entretanto, não leva em conta o que ela conseguiria fazer ou alcançar com a ajuda de um colega ou do próprio professor. É justamente aí - na distância entre o que já se sabe e o que se pode saber com alguma assistência - que reside o segundo nível de desenvolvimento apregoado por Vygotsky e batizado por ele de proximal (leia um resumo do conceito na última página).
Nas palavras do próprio psicólogo, "a zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse momento uma criança só consegue fazer com a ajuda de alguém, um pouco mais adiante ela certamente conseguirá fazer sozinha (leia um trecho de livro na terceira página). Depois que Vygotsky elaborou o conceito, há mais de 80 anos, a integração de crianças em diferentes níveis de desenvolvimento passou a ser encarada como um fator determinante no processo de aprendizado.

Trocas positivas numa via de mão dupla
Com a troca de experiências proposta por Vygotsky, o professor naturalmente deixa de ser encarado como a única fonte de saber na sala de aula. Mas nem por isso tem seu papel diminuído. Ele continua sendo um mediador decisivo, por exemplo, na hora de formar equipes mistas - com alunos em diferentes níveis de conhecimento - para uma atividade em grupo. A principal vantagem de promover essa mescla, na concepção vygotskiana, é que todos saem ganhando. Por um lado, o aluno menos experiente se sente desafiado pelo que sabe mais e, com a sua assistência, consegue realizar tarefas que não conseguiria sozinho. Por outro, o mais experiente ganha discernimento e aperfeiçoa suas habilidades ao ajudar o colega.
"Em algumas atividades, formar grupos onde exista alguém que faça a vez do professor permite que o docente trabalhe mais diretamente com quem não conseguiria aprender de outra forma", afirma Cláudia. "Deve-se adotar uma estratégia diferente com cada tipo de aluno: o que apresenta desenvolvimento dentro da média, o mais adiantado e o que avança mais lentamente." Não se deve, porém, escolher sempre as mesmas crianças como "ajudantes", deixando as demais sempre em aparente condição de inferioridade. "É importante variar e montar os grupos de acordo com os diferentes saberes que os alunos precisam dominar", complementa a psicóloga Maria Suzana de Stefano Menin, professora da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).
O educador também não pode se esquecer de outro ponto crucial na teoria de Vygotsky: a zona de desenvolvimento proximal tem limite, além do qual a criança não consegue realizar tarefa alguma, nem com ajuda ou supervisão de quem quer que seja. É papel do professor determinar o que os alunos podem fazer sozinhos ou o que devem trabalhar em grupos, avaliar quais atividades precisam de acompanhamento e decidir quais exercícios ainda são inviáveis mesmo com assistência (por exigir saberes prévios que ainda não estão consolidados ou acessíveis).

Desafios impossíveis e outros erros
Dar de ombros ao conceito das zonas de desenvolvimento pode significar alguns problemas. Por exemplo: ao ignorar o limite proximal, muitas propostas em sala de aula acabam colocando os alunos diante de desafios quase impossíveis (leia a questão de concurso na próxima página). Corre-se o risco também de formar grupos homogêneos ou permitir que a garotada se organize somente de acordo com suas afinidades. "Nas atividades de lazer, não há a necessidade de restringir esse tipo de organização", afirma a psicóloga Maria Suzana. "Mas é importante aproximar alunos com diferentes níveis de ensino nas atividades em que o domínio dos saberes seja um diferencial."
Quando equívocos como os citados antes ocorrem, geralmente são resultado do desconhecimento da obra de Vygotsky. No Brasil, ainda são poucos os que dominam teorias como a da zona proximal. "Os professores até sabem que o conceito existe, mas não conseguem colocá-lo em prática", diz Cláudia Davis. Se estivesse vivo, o conselho do psicólogo bielorrusso para esses educadores talvez fosse óbvio: interação e troca de experiências com aqueles que sabem mais, exatamente como se deve fazer com as crianças.

Trecho de livro"O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente."

Lev Vygotsky no livro A Formação Social da Mente: O Desenvolvimento dos Processos Psicológicos Superiores

Questão de concurso
Prefeitura Municipal de Teresópolis, RJ, 2005

Concurso para Professor de Língua Portuguesa
"Vygotsky afirma que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, ou seja, que se dirige às funções psicológicas que estão em vias de se completarem." (Rego, 2001)

Isso significa dizer que, na abordagem sociointeracionista, a qualidade do trabalho pedagógico está associada à:

a) Capacidade de promoção de avanços no desenvolvimento do aluno com base naquilo que potencialmente ele poderá vir a saber.

b) Possibilidade de promover situações em que o aluno demonstre aquilo que já sabe e aprendeu fora da escola.

c) Criação de zonas de atuação pedagógica baseada em conhecimentos mais adiantados nas séries escolares.

d) Proposição de pré-requisitos para a aprendizagem que demonstrem a prontidão dos alunos.

e) Introdução de conceitos difíceis que levem os alunos a estudar além daquilo que está nos livros didáticos.

Resposta correta: A
Comentário

Tanto a citação do enunciado como a alternativa correta fazem referência à zona de desenvolvimento proximal: a ideia é que a aprendizagem deve priorizar o que o aluno pode aprender a fazer sozinho no futuro, com base no que já consegue fazer com ajuda no presente. O conceito busca, portanto, ir além do que o aluno já sabe ou aprendeu, como defendido incorretamente nas alternativas "b" e "d". Mas também não adianta trabalhar com questões impossíveis ou inacessíveis, que os alunos não consigam resolver com ou sem ajuda, como proposto nas alternativas "c" e "e".

Resumo do conceito

Zona de desenvolvimento proximal

Elaborador: Lev Vygotsky (1896-1934)
É a distância entre as práticas que uma criança já domina e as atividades nas quais ela ainda depende de ajuda. Para Vygotsky, é no caminho entre esses dois pontos que ela pode se desenvolver mentalmente por meio da interação e da troca de experiências. Não basta, portanto, determinar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu desempenho.

                        REVISTA GESTÃO ESCOLAR