A
cada dia é lançado novos desafios no caminho espinhoso dos educadores, vive-se
momentos de insucessos e sucessos. O acesso à escola já não é mais um problema
para toda educação básica, no entanto, a permanência do estudante e o sucesso,
principalmente no ensino médio tem sido o flagelo da educação nos dias atuais.
Evadem-se da escola aquele aluno que
não consegue adquirir certas habilidades e competências inerentes a série em
que está matriculado, aquele que não simpatizou ou não se adaptou a metodologia
do professor, aquele que se tornou pai/mãe em plena adolescência, aquele que
precisou trabalhar para ajudar no sustento da família, em síntese são várias as
situações que leva o aluno a desistir da escola, inclusive aquele que acha que
a escola não é atrativa o suficiente para ele permanecer e ter sucesso na
mesma, como afirma o estudioso Ceccon (1986:116),
“ a escola produz mais fracassos que sucessos”.
Dessa forma, segundo Nidelkoff (
1983:15): “ a escola se limita a reproduzir, no seu interior, a desigualdade de
oportunidade, que caracteriza a estrutura da nossa sociedade”. Isso se
caracteriza pelos livros didáticos, desconexos da realidade do aluno, em suma o
currículo, o qual o aluno não se ver inserido na proposta de ensino.
É preciso que a escola realize um
diagnostico e reflita sobre: o currículo que temos, o redesenho curricular que
queremos, pensando nos estudantes que temos e os estudantes que queremos
formar. Mas para isso a escola precisa definir o seu referencial
teórico-metodológico. Se concebermos o estudante como sujeito de sua
aprendizagem inserido nas múltiplas dimensões sociais, o mais coerente é que se
tome como abordagem teórico-metodológica do currículo escolar a perspectiva
sócio histórica de Vygotsky (1998).
Os eixos norteadores do ensino
médio devem ser tratados de forma interdisciplinar levando em conta a relação
aos fundamentos sociológicos e filosóficos.
As dimensões cultura, trabalho, ciência e tecnologia devem ser trabalhadas levando em conta as
transformações sociais ocorridas ao longo do tempo e que resultaram na
sociedade atual, cujos novos princípios devem ser considerados e
respeitados.
Portanto,
trabalhar com as áreas do conhecimento tanto o professor como o estudante
precisa estabelecer uma relação dialógica e interativa com as quatro áreas do
conhecimento em que o ensino médio encontra-se estruturado: Linguagens (Língua
Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Arte e Educação Física);
Matemática; Ciências da Natureza (Física, Química e Biologia) e Ciências
Humanas (Geografia, História, Filosofia e Sociologia) compreendidas como vasto
campo de ação educacional, contemplando uma diversidade de ações que qualificam
o currículo escolar.
Francisca
Mônica da Silva Araújo
Gestora da EEMAS
Jan.2014
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