sábado, 4 de janeiro de 2014

Refletindo sobre resultados no chão da escola


                                  

 

            A cada dia é lançado novos desafios no caminho espinhoso dos educadores, vive-se momentos de insucessos e sucessos. O acesso à escola já não é mais um problema para toda educação básica, no entanto, a permanência do estudante e o sucesso, principalmente no ensino médio tem sido o flagelo da educação nos dias atuais.

            Evadem-se da escola aquele aluno que não consegue adquirir certas habilidades e competências inerentes a série em que está matriculado, aquele que não simpatizou ou não se adaptou a metodologia do professor, aquele que se tornou pai/mãe em plena adolescência, aquele que precisou trabalhar para ajudar no sustento da família, em síntese são várias as situações que leva o aluno a desistir da escola, inclusive aquele que acha que a escola não é atrativa o suficiente para ele permanecer e ter sucesso na mesma, como afirma o  estudioso Ceccon (1986:116),  “ a escola produz mais fracassos que sucessos”.

            Dessa forma, segundo Nidelkoff ( 1983:15): “ a escola se limita a reproduzir, no seu interior, a desigualdade de oportunidade, que caracteriza a estrutura da nossa sociedade”. Isso se caracteriza pelos livros didáticos, desconexos da realidade do aluno, em suma o currículo, o qual o aluno não se ver inserido na proposta de ensino.

É preciso que a escola realize um diagnostico e reflita sobre: o currículo que temos, o redesenho curricular que queremos, pensando nos estudantes que temos e os estudantes que queremos formar. Mas para isso a escola precisa definir o seu referencial teórico-metodológico. Se concebermos o estudante como sujeito de sua aprendizagem inserido nas múltiplas dimensões sociais, o mais coerente é que se tome como abordagem teórico-metodológica do currículo escolar a perspectiva sócio histórica de Vygotsky (1998).

Os eixos norteadores do ensino médio devem ser tratados de forma interdisciplinar levando em conta a relação aos fundamentos sociológicos e filosóficos.  As dimensões cultura, trabalho, ciência e tecnologia devem ser  trabalhadas levando em conta as transformações sociais ocorridas ao longo do tempo e que resultaram na sociedade atual, cujos novos princípios devem ser considerados e respeitados. 

Portanto, trabalhar com as áreas do conhecimento tanto o professor como o estudante precisa estabelecer uma relação dialógica e interativa com as quatro áreas do conhecimento em que o ensino médio encontra-se estruturado: Linguagens (Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola, Arte e Educação Física); Matemática; Ciências da Natureza (Física, Química e Biologia) e Ciências Humanas (Geografia, História, Filosofia e Sociologia) compreendidas como vasto campo de ação educacional, contemplando uma diversidade de ações que qualificam o currículo escolar.

Francisca Mônica da Silva Araújo

            Gestora da EEMAS

                     Jan.2014

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