terça-feira, 30 de outubro de 2012

EM BREVE CULMINANCIA DO PROJETO ARTE NA ESCOLA DESCOBRINDO TALENTO


ESCOLAS ESTADUAIS DA CAPITAL SERÃO AS PRIMEIRAS A USAR TECNOLOGIA DA P3D

Escolas estaduais da capital serão as primeiras a usar tecnologia da P3D



A equipe do Grupo de Processamento de Dados e da Coordenadoria de Desenvolvimento Escolar, da Secretaria de Estado da Educação, foi apresentado ao software que vai auxiliar professores de 10 escolas da rede estadual de ensino no auxílio da aprendizagem de seus alunos.

O software Cosmo, utilizado pela empresa paulista P3D, mostra detalhes espaciais de corpo humano, mapas e outras situações que vão servir para as disciplinas de Biologia, Geografia, Química e Física. O uso da ferramenta se dará primeiramente em 10 escolas da capital. Após a definição das unidades, gestores e professores das disciplinas citadas irão passar por um treinamento de uso. Já a implantação pode se dar até o final de ano.

PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA RECEBE PRÊMIO INTERNACIONAL

Programa FormAção pela Escola recebe prêmio internacional

O Programa FormAção pela Escola, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Nacional (FNDE), conquistou  o 2º lugar, na categoria Inovação, do Prêmio de Excelência da Associação Brasileira de Educação a Distância – Abed/Pearson de EAD. A premiação de reconhecimento internacional se deu pelo trabalho “Capacitação em larga escala e eficácia da Educação a Distância”. 
“Ganhamos o 2º lugar no Prêmio ABED. Quando falo que ganhamos, estou de fato afirmando que o premiado somos nós, cada coordenador, cada tutor, cada multiplicador e, também, cada cursista. É o resultado do brilhante trabalho dessa rede vencedora – FormAção pela Escola. Quero agradecer à Coordenação Estadual do RN e a cada tutor e cursista, destacando que o prêmio é do Formação  pela Escola e, nesse sentido, é de cada um de nós que dá vida ao Programa”, ressaltou Adalberto Domingos da Paz, coordenador nacional do FPE.
O programa Formação pela Escola, implementado no Rio Grande do Norte pela Secretaria de Estado da Educação, tem como propósito contribuir para a melhoria da qualidade da gestão e fortalecimento do controle social dos recursos públicos destinados à educação. “Ele consiste na oferta de cursos de capacitação na modalidade de educação a distância, em que os participantes conhecem os detalhes da execução das ações e programas financiados pelo FNDE. Com isso, busca-se estimular a participação da sociedade nessas ações”, explicou a coordenadora estadual do FormAção pela Escola, Socorro Macedo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Censo aponta novo perfil das famílias brasileiras



Publicação: 18 de Outubro de 2012 às 00:00
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Rio (AE) - Um novo perfil da família brasileira está desenhado nos dados do Censo 2010 divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Cresceram as uniões informais, os casais sem filhos e os casamentos inter-raciais. Também há mais separações e divórcios. E, pela primeira vez, o IBGE levantou informações sobre dois tipos de casais: os de mesmo sexo e os que vivem com enteados, além de filhos. Pouco mais de um terço dos brasileiros que vivem algum tipo de união conjugal não formalizou o casamento no civil nem no religioso. A chamada união consensual foi a única que teve crescimento na década 2000-2010, passando de 28,6% para 36,4%. A proporção de pessoas casadas no civil e no religioso caiu de 49,4% para 42,9% na década.

"O casamento informal era mais concentrado na região Norte e entre casais de baixa renda. Agora, está mais disseminado. É comum a decisão de passar por uma experiência antes de contrair matrimônio. Existe também uma questão econômica, já que a união consensual requer menos gastos, não só com a festa, mas com todas as formalidades. Houve uma mudança cultural, iniciada pelos jovens", diz Ana Lúcia Saboia, do IBGE.

Um cenário bem diferente do que viveu a consultora pedagógica Priscila Monteiro, "juntada" com o marido, José Costa, há 22 anos. Naquela época, conta ela, a decisão de não se casar significava uma posição ideológica. "Eram só os considerados alternativos que faziam isso, os mais intelectuais, que eram contra a regra do sistema", diz ela.

Hoje, até dentro da Igreja esse tipo de união tem crescido. Quase quatro em cada dez católicos casados (37,5%) não passaram por qualquer cerimônia institucional. Em 2000, eram 28,7%.

As uniões entre casais de raças diferentes são crescentes no País, mas na última década houve estagnação em relação ao período anterior. Em 1960, 88% dos casais eram formados por pessoas da mesma raça, porcentual que caiu para 80% em 1980. Em 2000, chegou a 70,9%. Em 2010, o índice ficou praticamente o mesmo: 69,3%. Os dados mostram, também, que homens e mulheres tendem cada vez mais a se unir a pessoas do mesmo nível educacional.

Uniões consensuais crescem no RN

No Rio Grande do Norte, entre 2000 e 2010, o percentual de uniões consensuais, ou não oficiais  subiu de 26,5% para 43,87%. O estado possui o 4º maior percentual de união consensual do Nordeste e encontra-se a cima da média brasileira. De acordo com o analista demográfico do IBGE, Maicon Novaes, o aumento dos casamentos não oficiais se deve a uma mudança de cultura na sociedade brasileira. "Hoje, fica muito mais barato para um casal apenas sair da casa dos seus pais e ir morar juntos. Sem contar que, após cinco anos de relacionamento comprovado, é possível ter os mesmos direitos que um casamento oficial, em caso de separação e assistência aos filhos", considerou Maicon.

Segundo ele, o aumento das uniões consensuais se dá principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. O Rio Grande do Norte conta com 43,87% da população vivendo esse tipo de união, bem acima da média nacional que é de 36,4%. "As classes com rendas entre 1 a 2 salários mínimos adotam mais esse tipo de procedimento. Logo, a união consensual está diretamente ligada a camada de baixa instrução do estado", afirmou.

Outro ponto interessante para a nova construção familiar é o aumento de uniões homoafetivas no Nordeste. Com a abertura dessa nova frente de pesquisa no Censo 2010, foi possível observar que o Rio Grande do Norte possui o 4º maior índice de casas homossexuais do Nordeste, com 0,07%. Todavia, ocupa a 14º posição em nível de Brasil, ficando abaixo da média nacional que é de 0,1%. "É uma nova forma de configuração familiar. Essa parte também entra no ranking de uniões consensuais. Os casais estão menos preocupados em oficializar a relação", disse.

O Rio Grande do Norte detém o índice de fecundidade por mulher de 2,15 filhos e ocupa a 5º posição entre os estados da região Nordeste. De acordo com Novaes, a esses fatores estão associados alguns condicionantes que influenciam diretamente as atuais taxas de fecundidade: rendimentos, nível de instrução e raça fazem parte do rol dos poréns. Segundo a pesquisa, as mulheres que declaram possuir rendimentos entre meio e um salário mínimo apresentaram maior taxa de fecundidade, 2,60 filhos. As que declararam receber mais de cinco salários mínimos possuem uma taxa de fecundidade mais baixa: 1,4.

Pescadora cria oito filhos numa casa de três cômodos

Para a Organização das Nações Unidas, um domicílio adequado é aquele que possui até duas pessoas por dormitório, rede geral de abastecimento de água, fossa séptica ou saneamento básico, bem como a coleta de lixo regular. Bem diferente é a realidade dos moradores  do bairro dos Guarapes, na Zona Oeste de Natal. A pescadora, dona de casa e mãe de oito filhos Edmilza Coelho estudou apenas até o 4º ano do ensino fundamental. De dois casamentos nasceram oito filhos. E todos eles moram com ela numa casa de apenas três cômodos. Uma cozinha, um pequeno banheiro e uma sala que serve de dormitório, são suficientes para manter toda família abrigada.

"Aqui eu tenho água encanada e energia elétrica. Tenho minha geladeira, meu freezer para manter os pescados congelados, minha televisão de 29 polegadas. Não dá para consumir muita coisa, mas conseguimos sobreviver com o essencial", disse a dona de casa.

As dificuldades financeiras são supridas com sopão da comunidade, visto que a renda não é suficiente para cobrir as despesas do mês. "Não dá pra dizer quanto ganho. É muito incerto e depende da maré", explicou. No Rio Grande do Norte foi constatado, em 2010, que quase 20% dos domicílios se encontravam com a densidade de pessoas por cômodo bem acima da média aceitável.

Mulheres mais instruídas têm menos filhos

Com relação ao grau de instrução, a situação é semelhante. Mulheres sem instrução escolar ou que possuem até o ensino fundamental, a taxa de fecundidade calculada no Estado foi de 2,98. Já para as que têm ensino superior incompleto e completo, o valor da taxa caiu para 1,27. A TRIBUNA DO NORTE conversou com algumas mulheres em situações diferentes e modos distintos de vida. Erivânia Lima, de 29 anos, é assistente administrativa de uma empresa da capital potiguar. Casada há nove anos, a jovem ainda não teve filhos. "Não planejamos ter filhos agora. Nem queremos. Queremos primeiramente nos estabilizar e orientar as nossas vidas. Depois, daqui a uns anos, nós pensamos nisso. Acredito que ainda está cedo", afirmou, sorrindo, a assistente administrativa. Para ela, a prioridade é concluir o curso de gestão em recursos humanos na universidade e pagar a casa própria e o carro recém-adquiridos.

Já Lidiane Lopes da Silva, de 28 anos, é casada há 10 anos. Com filhos não planejados desde o primeiro ano de casamento, a assistente em recursos humanos deixou os seus planos para mais tarde. "Hoje eu concilio a vida e o futuro dos meus filhos com o meu crescimento profissional. Nada contra quem espera se estabilizar primeiro. Mas acredito que vale a pena o esforço. A companhia dos filhos e a responsabilidade de tê-los sob a sua guarda soa como algo difícil, mas não é impossível", assegurou.

Das 812.126 famílias do RN,  15,9% eram formadas, na  maioria, por casais sem filhos, devido a maior participação as mulheres no mercado de trabalho.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

MENSAGEM AOS PROFESSORES


Neste 15 de outubro, Dia do Professor, levo uma mensagem especial àquelas e aqueles que têm papel primordial na construção de um Rio Grande do Norte maior e mais justo. Não tornaremos nosso Estado mais forte, com desenvolvimento econômico e justiça social, sem transformar a educação, direito constitucional de nossos cidadãos. E não se transforma a educação sem melhorar o trabalho do professor, e isso se faz com investimento na valorização pedagógica da escola pública, dos seus docentes e de sua equipe técnica.

A valorização da escola pública não pode ser mero discurso. Ela se constrói a cada dia, com gestos, ações concretas, respeito e responsabilidades compartilhadas entre o governo, os gestores, os docentes e demais profissionais da educação, a família e a sociedade. Temos um grande desafio: garantir uma educação de qualidade para todos os potiguares, construindo a escola do século XXI e superando os obstáculos que historicamente têm negado essa educação aos mais necessitados.  Para tanto, foi criado o Programa de Educação do RN, que orienta toda a rede de ensino e toma como foco o aluno, a escola, o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento integral para o exercício da cidadania. 

Nesses 21 meses de gestão, temos trabalhado em muitas frentes, introduzindo inovações e avanços que merecem ser apresentados no dia em que homenageamos os professores, sendo, portanto, um bom momento, também, para prestarmos conta à sociedade do trabalho do Governo do Estado na Educação:

1.Concedemos aos professores, entre julho de 2011 e março de 2012, dois reajustes, que, somados, ultrapassam os 63% de aumento, reposição salarial nunca antes concedida em uma única gestão, e em obediência à Lei do piso nacional;

2. Realizamos concurso público para 2.900 professores e 600 profissionais de apoio pedagógico, e desses, 2000 mil já foram convocados;

3. Concedemos aposentadorias (represadas desde 2005) a mais de 2.000 servidores e reduzimos o tempo dos trâmites burocráticos;

4. Saldamos os débitos de salários não pagos no ano de 2010 aos professores temporários e as horas suplementares trabalhadas;

5. Pagamos aos professores, neste mês de outubro, os quinquênios retidos desde 2006;   

6. Pagamos as promoções verticais dos professores, referentes ao ano de 2006 e estamos reagendando os anos seguintes;

7. Reorganizamos o setor de Recursos Humanos da Educação, com a criação do Sistema de Gestão de Pessoal da SEEC (SAGEP), para monitorar o atendimento e a falta de professor na sala de aula, bem como otimizar a gestão do trabalho dos servidores;

8. Realizamos, já com o SAGEP, auditoria na folha de pagamento dos servidores da SEEC e corrigimos distorções de cargas horárias pagas e não cumpridas, cessões indevidas de servidores e outras irregularidades;

9. Estamos implantando, com o apoio do MEC e da UFRN, o SIGEduc, (módulos iniciais), sistema informatizado que mudará a cultura de gestão das escolas da rede pública. A matrícula online já será efetivada, neste ano, nas escolas de Natal;

10. Entregamos material didático a todos os 300 mil alunos da rede,  os quais iniciaram o ano letivo com livros, cadernos, merenda de boa qualidade e transporte escolar adequado, com nova frota de 100 ônibus. Mais 146 ônibus foram adquiridos e serão entregues aos municípios que mais transportam estudantes para nossas escolas;

11. Repactuamos com o MEC/FNDE os projetos e o financiamento de 57 escolas (ampliação, reforma) e a construção de 10 Centros de Educação Profissional do Programa Brasil Profissionalizado, cujas obras estão sendo retomadas pelas empresas contratadas;

12. Estabelecemos o plano de atendimento aos prédios escolares: 49 escolas reformadas, 14 em processo de reforma e 40 escolas atendidas com manutenção;

13. Implementamos programas do MEC que representam o primeiro passo para a Escola em Tempo Integral: Mais Educação, Ensino Médio Inovador e Pronatec;

14. Implementamos o Ensino Médio Noturno Diferenciado para o estudante trabalhador, apoiado em um currículo flexível e adequado aos interesses e vivências desse alunado;

15. Criamos grupo para reestruturar o currículo do E. Fundamental, Médio e EJA.

16. Redefinimos as Jornadas Pedagógicas, embasando-as em documentos orientadores da gestão do ensino e da aprendizagem;

17 Apoiamos e incentivamos as Feiras de Ciências, os Programas de Valorização da Leitura na Escola, o Esporte Escolar por meio dos JERNs, e financiamos professores, estudantes e servidores que viajam para tomar parte em eventos educacionais, representando o Estado;

18. Implantamos Cursinhos/Aulões ()preparatórios para o ENEM e vestibulares, com o apoio da UFRN, UFERSA, UERN, assim como de professores da rede estadual. Hoje são mais de 5 mil alunos atendidos em todo o Estado e estamos ampliando esses cursos;

19. Prêmios locais, nacionais e internacionais foram conquistados por professores e estudantes da rede estadual do RN;

20.Turmas do Metrópole Digital da UFRN estão sendo implementadas em escolas da rede estadual de Natal, Caicó, Mossoró e Angicos. O MD é um Programa  de formação e qualificação de jovens na promissora área das Tecnologias da Informação (TICs). 

21. Temos reformulado profundamente os processos de formação de professores, respeitando suas necessidades profissionais e as demandas dos desafios da inovação pedagógica, com destaque para os professores dos projetos “Mediadores da Leitura”, “Ensino Médio Inovador”, “Noturno Diferenciado”, de professores alfabetizadores, dentre outros.

Não é tarefa fácil cumprir com todos esses compromissos em 21 meses, principalmente os que repercutem na folha de pagamento dos servidores, haja vista a delicada situação financeira do Estado, agravada com a brusca queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Mas temos a consciência de que mesmo com as dificuldades que se anunciam para o ano de 2013, precisamos investir ainda mais na Educação Básica do nosso Estado. Para isso estaremos priorizando, ainda, algumas demandas da categoria: a) o projeto da nova Lei do Porte das Escolas está concluído e será encaminhado à Assembleia Legislativa; b) promoções verticais: será redefinido um novo calendário para o pagamento dos anos 2007 a 2012; c) Plano de Cargos Carreira e Remuneração dos Professores: será retomado pela Comissão específica, que deverá elaborar o processo de avaliação dos professores, requisito para o avanço do PCCR; d) está em revisão, pela comissão instituída, o projeto de Gestão Democrática das Escolas.

Temos consciência de que a educação é dever do Estado. Mas para que a escola pública do século XXI seja motivo de orgulho para todos os potiguares, a participação e o engajamento da sociedade é imprescindível.

Temos a mais absoluta clareza de que os professores e professoras são fundamentais nessa reconstrução da nossa rede de ensino. Reconhecemos, nesta ocasião, o esforço e o compromisso dos nossos profissionais, no dia a dia das escolas, enfrentando os desafios e assumindo com amor e dedicação a extraordinária responsabilidade social de ser um docente. Sabemos que o percurso é longo. Ainda há muito a fazer. Mas estamos trabalhando firme e constantemente, com a certeza de que estamos no rumo certo. Os resultados alcançados até agora nos animam a seguir em frente. Contamos com o empenho de cada profissional da rede estadual de ensino, para que, caminhando juntos, de mãos dadas, possamos chegar mais celeremente ao cenário almejado por todos nós.

Desejamos a todos (as) um excelente dia e um futuro de muitas realizações!

Natal, 15 de outubro de 2012

Governadora Rosalba Ciarlini
Secretária Betania Ramalho